Burnout, já ouviu falar?
É um síndrome que se caracteriza pela perturbação psicológica em situação de stresse excessivo por demasiada carga de trabalho.
O próprio significado da palavra, em inglês, “queimar até ao fim”, ou seja, há um esgotamento físico e mental que resulta de uma vida profissional demasiado preenchida, com tarefas para lá das que consegue desempenhar.
Sabemos que as constantes investidas em tentar uma integração e gestão da vida pessoal e profissional podem tornar-se desgastantes e constituir uma sobrecarga, a ponto de aparecer a dificuldade em “desligar a ficha”, quando é necessário para benefício da sanidade mental de um qualquer ser mortal.
Num mundo pós-moderno, em que a competitividade é palavra de ordem a tecnologia faz com que o ontem pareça do século passado, a ambição em corresponder, estar lá, atingir metas sem descurar a parte pessoal e familiar domina o ser humano.
O perigo está à vista: cansaço, fadiga prejuízo no rendimento no trabalho, no sentido de humor e na maneira de estar entre os familiares e amigos.
Se se sente assim e reconhece precisar de ajuda, este artigo pode ajudá-lo.
Muitas vezes, assumir que se tem uma limitação e parar um pouco, para refletir, antes que essa limitação se transforme em um problema maior é encontrar a chave-mestra e a solução para si.
Para conseguir ganhar este estádio de consciência, importa estar informado acerca dos sintomas do Burnout.
Preparado para ganhar terreno face a uma possível incapacidade temporária para trabalhar ou para estar em harmonia consigo e com quem o rodeia?
Continue a acompanhar este artigo.
O Burnout pode ter origem na acumulação de momentos de stress, inerente à sua atividade profissional, na dificuldade que sente ao mover-se nas teias organizacionais da empresa / instituição onde trabalha ou na dinâmica pessoal que está a viver em determinado momento.
Sinais Alerta Burnout
É muito importante que esteja atento aos sintomas do Burnout para poder proteger-se e manter-se a salvo; se não agir a tempo pode ver-se em braços com uma Depressão profunda, por isso, vale a pena prevenir!
Existem dois tipos de sinais a que deve estar atento: os organizacionais que têm a ver com a sua relação direta com a empresa (colegas de trabalho, chefias, atitude perante as exigências solicitadas). Dentro destes sinais organizacionais, fique alerta se:
1. Sente dificuldade em executar as tarefas que lhe são pedidas pelas chefias
Está habituado a cumprir as suas tarefas, no seu dia-a-dia no trabalho e apercebe-se que já não consegue fazê-lo com essa normalidade ou que tem um receio muito mordaz em falhar.
Demora mais tempo, assume outro ritmo de trabalho, sente-se limitado quando lhe é exigido que conjugue muitas facetas, simultaneamente.
2. Trabalha mais do que 8 a 10h diárias;
O excesso de carga de trabalho é um dos principais motivos para o desenvolvimento deta limitação psicológica. Lembre-se de tirar tempo, diariamente, para fazer alguma coisa por si e por aqueles que escolheu para estarem à sua volta.
3. Existe mau ambiente entre colegas e chefias
Nota que o ambiente social entre superiores hierárquicos e colaboradores está conflituoso e que mesmo, entre colegas, o cenário não é o mais harmonioso
4. A sua taxa de abstinência ao trabalho tem aumentado, assim como o número de dias em que chega atrasado
Nota que falta mais ao trabalho e encontra frequentemente justificações válidas para fazê-lo.
5. Não tem, por sistema, vontade de ir trabalhar
Todos os dias tem de fazer um esforço grande para convencer-se a ir trabalhar, a sua vontade e motivação para manter o emprego estão pelas ruas da amrgura.
6. É vítima de violência física e psicológica no local onde trabalha;
Existe pressão das chefias para terminar ou desempenhar, com excelência, determinada função.
E por vezes essa pressão pode, mesmo, culminar em agressividade física e psicológica, fazendo levantar o cartão vermelho.
Entre os próprios colegas de trabalho também podem existir evidências dessa mesma pressão.
Existem sintomas que se evidenciam física e emocionalmente e, dentro destes, atento a:
1. Sentimento de cansaço persistente e constante, dores musculares, de coluna e de cabeça, desarranjos gastrointestinais, tensões atas e batimentos cardíacos acelerados;
2. Apatia e desmotivação;
3. Falta de realização de foro profissional;
4. Sentimento de fracasso e inutilidade;
5. Dificuldades de concentração e produtividade ameaçada e em baixa;
6. Alteração dos hábitos de sono;
7. Fragilidade do sistema imunológico;
8. Tendência para isolar-se.
Se existe identificação com vários sintomas entre estas duas listas, pare, respire e não tenha medo de pedir ajuda.
Sim, porque existe tratamento para o Síndrome de Bounout!
O mais difícil, muitas vezes, é assumir que tem limitações e que tem que reencontrar as suas respostas para conseguir continuar a desbravar caminho.
Caminhos para tratar o Burnout
O tratamento do Síndrome de Burnout é complexo e pode recorrer a diferentes valências: normalmente o Psicólogo e o Psiquiatra.
Os amigos e os familiares do paciente podem ter uma ação importante na prevenção, ao alertar para sintomas que podem testemunhar.
A preocupação inicial é melhorar as condições e relações de trabalho.
Muitas vezes, é necessário haver uma interrupção (baixa médica) para que se reencontre e restabeleça as suas prioridades e o seu bem-estar emocional, no local de trabalho.
Sem isso, dificilmente, encontrará o seu equilíbrio entre o lado pessoal e o lado profissional e será muito difícil conseguir manter o seu trabalho com a resposta efetiva que as suas chefias esperam de si.
Há muito recurso ao tratamento farmacológico e sabemos que somos campeões em consumo de ansiolíticos e antidepressivos, mas já existem algumas técnicas que podem diminuir ou mesmo eliminar a necessidade de usar fármacos no tratamento do Burnout.
Estes fármacos apenas servem para dissolver o sentimento de stress, depressão e ansiedade que passam a tomar conta do trabalhador que passa por este caminho espinhoso.
Em alternativa, a psicoterapia, pode ajudá-lo a ultrapassar uma fase mais negra da sua vida profissional e pessoal, evitando o recurso a medicamentos.
A mudança de hábitos e estilos de vida aliados à prática de exercício físico e momentos em que se dedica ao relaxamento.
Um período de férias com quem mais ama pode ajudar a reencontrar o seu caminho.
No limite a mudança de atividade profissional pode ser a alternativa que tem ao alcance no sentido de ajudá-lo.
Na Psicoterapia, são usados vários modelos para tratar situações de Burnout, como por exemplo o Modelo Psicoterapêutico HBM (Human Behavior Map).
Este modelo opera na base e origem do seu stress, ou seja, ajuda as pessoas a organizar ferramentas para lidarem com o stress do dia-a-dia em contexto laboral.
Assim, pode haver, à priori, uma possibilidade de munir-se contra os ataques, no trabalho, que tendem a distanciá-lo do bem-estar e equilíbrio.
O objetivo é mudar comportamentos, sentimentos ou pensamentos que possam afetar a sua saúde mental.
No fundo, existe uma procura que é feita em relação à origem do seu problema, as causas que afetam o seu desenvolvimento feliz na vida pessoal e profissional.
A Hipnose Clínica e a Programação Neurolinguística (PNL) são técnicas comummente utilizadas para recuperar um paciente, tendo um foco nas emoções.
Como Prevenir o Burnout?
Agora, que já falámos na definição, sintomas e tratamento face ao Síndrome do Burnout, vale a pena pensar gatilhos suscetíveis de prevenir este problema psicológico. De que forma?
1. Definir pequenos objetivos pessoais e profissionais pode ajudar a organizar o seu pensamento e conseguir construir, novamente, o ponto de encadeamento entre a sua faceta pessoal e profissional;
2. Organizar atividades de lazer com pessoas amigas e familiares e participar nelas ativamente são formas de elevar a boa energia que tem, junto daqueles que lhe transmitem sentimentos bons e positivos;
3. Evitar contacto com pessoas negativas que reclamam do trabalho ou dos outros, de modo a não ficar com essa carga no seu pensamento que em consequência influenciará o seu comportamento e a atitude, perante o seu ambiente de trabalho, como em casa;
4. Conversar com uma pessoa de confiança sobre tudo o que sente pode ajudar muito, desabafar com franqueza é preciso;
5. Tentar fazer exercício físico de forma regular: escolha um desporto do seu agrado e crie esse hábito mais que saudável. Se é muito avesso à prática desportiva, opte por criar este hábito logo no início do dia;
6. Evitar consumir álcool, tabaco ou outras drogas!
Só aumentarão a sua confusão mental e intensificarão o sentimento de inutilidade e incapacidade de cumprir aquilo que lhe é solicitado;
7. Nunca se automedique nem utilize fármacos sem prescrição do seu médico. Peça um atestado médico
As substâncias que são prescritas pelo médico para responde às doenças do foro psicológico podem criar dependência e ter um grande impacto no seu comportamento.
É deveras perigoso utilizar este tipo de medicamente por autorrecriação.
O mais importante, como já vimos, é mesmo estar atento aos sinais do esgotamento profissional para poder atuar o mais rapidamente possível e recuperar a sua harmonia no trabalho em junto daqueles que o fazem sentir em e “em casa”.
Cuide de si e entre em equilíbrio!