Subsídio de Doença Penaliza Salários Baixos: Perda de Rendimento Pode Ultrapassar 38%

Subsidio de doenca
Subsidio de doenca

O subsídio de doença é uma ajuda essencial para trabalhadores impossibilitados de exercer as suas funções por razões de saúde. No entanto, um recente estudo revela que os trabalhadores com salários mais baixos são os mais prejudicados, podendo enfrentar perdas de até 38% do seu rendimento mensal. Este artigo detalha o impacto do subsídio de doença nos rendimentos e analisa as implicações para as famílias que já enfrentam dificuldades financeiras.

Impacto do Subsídio de Doença nos Salários Mais Baixos

O estudo, conduzido pelo Gabinete de Planeamento, Estratégia e Avaliação do Ministério das Finanças, revela que os trabalhadores com rendimentos mais baixos sofrem cortes significativos quando recebem subsídio de doença. Enquanto os trabalhadores com salários mais altos mantêm uma estabilidade financeira, os que ganham o salário mínimo enfrentam perdas mais severas, especialmente no primeiro mês de baixa, com uma redução de até 38,2% do rendimento.

Diferenças entre Trabalhadores com Rendimentos Altos e Baixos

A regressividade do subsídio de doença introduz uma desigualdade importante. Trabalhadores com rendimentos elevados podem, em alguns casos, ver o seu rendimento anual aumentar durante o período de baixa, especialmente em agregados familiares com dois titulares de rendimento. Em contraste, aqueles com rendimentos mais baixos sofrem perdas mensais consideráveis, exacerbando as dificuldades financeiras.

Análise ao Longo do Tempo

Para os trabalhadores com salário mínimo, a perda é mais acentuada no primeiro mês, com uma redução de 279 euros. Para baixas de longa duração, que se estendam por mais de um ano, a perda percentual estabiliza, mas ainda representa uma redução significativa de 15,7% no rendimento mensal. Estes cortes impactam diretamente a qualidade de vida e aumentam o risco de pobreza.

Dados Demográficos: Quem é Mais Afetado?

O estudo aponta que as mulheres são a maioria dos beneficiários do subsídio de doença, representando 56,8% do total. Além disso, mais de 174 mil portugueses estavam a receber esta prestação em julho de 2024, um aumento em comparação com o ano anterior. Esta tendência reflete a vulnerabilidade dos grupos de rendimentos mais baixos a condições de saúde adversas.